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Redes Sociais & Cultura de Paz - Empregabilidade Trans: inclusão na cultura organizacional

O convite à participação da mesa-redonda Empregabilidade Trans – formação de redes e inclusão na cultura organizacional foi um dentre diversos outros desdobramentos do projeto integrador de um grupo de alunos do curso Educador Social do Senac Aclimação.

O tema, sugerido pelo aluno Paulo Mello, criador da página TransInformativo e participante da mesa-redonda, foi abraçado pelos demais colegas e teve como objetivo estimular reflexões e parcerias na promoção da igualdade de oportunidades e acesso à formação profissional e empregabilidade à população transgênero.

Os encontros e diálogos organizados pelo grupo, que culminaram nesse evento institucional, criou espaço para esclarecimento de dúvidas e conscientização de alunos, funcionários, representantes de empresas e comunidades presentes.

À medida que iam chegando, os participantes eram recebidos formalmente por Caio Jane, que cumprimentava e estendia uma carteira de identidade em que foto e nome não correspondiam à imagem ali apresentada, apesar da semelhança. A performance artística, segundo Caio, simulou as diversas entrevistas de emprego das quais participou. “A constante negativa e o permanente constrangimento não me deram outra opção a não ser me tornar ator”, revelou o convidado durante a conversa com o público. “Isso precisa parar”, completou.

Também compôs a mesa de diálogos a advogada e idealizadora do site Transempregos, Márcia Rocha, que tirou dúvidas sobre a garantia de direitos, legislação e seu contato com as empresas por meio da rede Fórum de Empresas e Direitos LGBT, formada em São Paulo, que tem mais de 100 participantes e cerca de 40 signatárias de um documento com dez compromissos para inclusão e tratamento justo a todas as pessoas, considerando sua orientação sexual e identidade de gênero dentro das organizações.

Para falar sobre a importância e o papel das áreas de recrutamento e seleção das empresas nesse processo, foi convidada a colaborar, com experiências e ideias, a coordenadora do departamento da empresa Chilli Beans, Barbara Marrara. Além de priorizar a preparação, em especial, desse departamento, Barbara recomenda investir amplamente em um ambiente organizacional livre de discriminação com ações formativas e diretas das lideranças. “A diversidade deve ser inerente à política das organizações e o olhar, mirar a produtividade, independentemente do aspecto físico”, acrescentou.

Os diálogos foram mediados pelo docente Fabio Ortolano, membro do comitê local de Cultura de Paz do Senac Aclimação, que reforçou que a abertura das empresas pode ser gradual e que a aprendizagem mútua vai acontecer no processo da convivência e da construção de uma cultura de justiça, igualdade e paz, dentro e fora das organizações.

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