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Redes Sociais & Cultura de Paz - Suicídio na Adolescência: o diálogo como prevenção

Suicídio na Adolescência foi o tema escolhido pela equipe do Senac Bertioga para refletir e dialogar, no espaço do Sesc, em atenção a uma busca cada vez maior por mais informações para ações preventivas.

A abertura foi realizada pela diretora Rita de Cássia Coimbra, junto com os docentes Daniela Picollo e Ewerton Feitosa, que deram as boas-vindas e contaram como foi a mobilização dos alunos do Senac e da Escola Estadual William Aureli para a produção do painel, parte da decoração do local.

Para apresentar dados e orientações sobre traços, maneiras de abordar e o papel de cada um na prevenção do suicídio, foi convidado o psicólogo Leonardo Seri, que iniciou revelando que, dentre 17 pessoas com comportamento suicida, cinco vão planejar, três vão tentar e uma vai concretizar. Para ele, se for possível oferecer apoio desde cedo, é provável reduzir a última estatística.

Ele explicou, primeiramente, que as causas são multifatoriais, com influências biológicas e culturais. E o tratamento, portanto, deve ser conduzido também por uma equipe multidisciplinar, incluindo a escola, os amigos e a família. “O suicida sempre vai dar sinais. É responsabilidade de todos perceber e dar suporte para que a pessoa consiga enxergar outras alternativas e lidar com as adversidades. A maioria das pessoas não quer morrer, mas dar fim ao sofrimento agudo que está sentindo”, explicou.

No caso dos jovens, a ruptura de relacionamentos ou não conseguir romper vínculos tóxicos têm sido causas recorrentes, assim como a depressão, o bullying e a negligência familiar. O uso abusivo de drogas e a própria condição de adolescente, marcada por profundas mudanças cognitivas e emocionais, aumentam os fatores de risco. E, ainda, o medo de ser julgado como fraco e a vergonha desestimulam a expressão das dificuldades, especialmente os meninos.

Segundo Leonardo, são alguns indícios de comportamento suicida: a manifestação verbal, como “não aguento mais” ou “quero desistir”, se desfazer de objetos, se despedir, pessimismo e insônia, irritabilidade, isolamento social e a oscilação extrema de humor. Para ele, o primeiro passo para superar a vontade de tirar a própria vida é reduzir a vulnerabilidade e aumentar os recursos internos com informações, empatia e conexões humanas, favorecendo o sentimento de pertencimento e a percepção de que existem outras possibilidades de lidar com os conflitos, mesmo os de grande complexidade, com ajuda de outras pessoas.

Por fim, o psicólogo respondeu a diversas perguntas da plateia e esclareceu mitos equivocados sobre o suicídio, como o fato de que ele é consequência de um transtorno mental, ou de quem ameaça não concretiza (é exatamente o contrário). E finalizou com uma mensagem de que, se a intenção é chamar a atenção, que possamos oferecer essa escuta, com compreensão e afetividade.

No encerramento, a diretora do Senac Santos e do Senac Bertioga lembrou a importância de cultivar boas relações e emoções positivas ao longo de toda a vida. “Não podemos deixar a tecnologia nos roubar da conexão humana, que é a mais importante forma de prevenir qualquer violência”, concluiu.

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