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Redes Sociais & Cultura de Paz – Situações de Conflitos e os Princípios da Não Violência

Refletir sobre o Princípio da Não Violência diante dos mais diversos tipos de conflitos, com foco nas características locais, foi a missão do evento idealizado pelas docentes Daniela Marin e Lucivaine Galan e concretizado por toda a equipe do Senac Votuporanga.

Segundo os ensinamentos de Gandhi, a não violência é a intenção de se opor à injustiça e à humilhação em todas as suas formas, oferecendo resistência ativa e, ao mesmo tempo, o resgate da dignidade de quem é oprimido e também daquele que oprime. Martin Luther King Jr., inspirado por esse propósito na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, disse, ao receber o prêmio Nobel da Paz, em 1964: “A não violência é uma arma poderosa e justa. Realmente, é uma arma única na história, que corta sem ferir e enobrece quem a usa”.

Logo cedo, durante as boas-vindas na recepção da unidade Senac, os participantes foram convidados a especificar o diálogo que gostariam de aprofundar, após a palestra inicial, para engajamento na produção de um plano de enfrentamento de uma dentre quatro categorias de violência: contra a mulher, contra a criança e o adolescente, contra o idoso ou contra a violência institucional.

Ao entrar no auditório para a palestra magna com Vivi Tuppy, as pessoas foram surpreendidas com uma decoração que remetia à corresponsabilidade de todos na garantia dos direitos humanos. A mediadora, com vasta experiência em diálogo, plena atenção, práticas restaurativas e gestão de programas de cultura e educação para a paz na região, alinhou conceitos, contextualizou e apresentou diversas estratégias, encorajando a formação de redes no combate à violência.

Movidos por esse estímulo e pelo Princípio da Não Violência e mediados por parceiros de organizações como o Recanto Tia Marlene, Casa da Criança, Cras Norte e Cras Sul, os cerca de 80 participantes se dirigiram às salas do tipo de violência anteriormente escolhido e iniciaram os diálogos para a construção dos planos de ação para o fomento a um trabalho articulado no município.

De modo mais geral, os planos evidenciaram a necessidade de uma educação em valores humanos, em que o comportamento individual possa direcionar a ação coletiva. Só assim seria possível a construção de relações mais horizontais, que pudessem impactar de maneira mais poderosa a população. “Os desafios da contemporaneidade apresentam novos elementos que necessitam compreensão: a complexidade, a velocidade, um maior protagonismo e, portanto, uma quantidade maior de conflitos, as desigualdades mais extremadas, o estresse permanente. E é na diversidade que é possível inovar”, complementou Vivi.

O valor da parceria e a disposição para cooperar, quebrando os paradigmas que hoje separam as pessoas, por hábito, foram temáticas recorrentes nos quatro grupos. Parece inevitável que a origem da mudança esteja nos pequenos movimentos que cultivarem confiança, esforço e disciplina. “Precisamos aprender a reduzir tudo que causa dano e impede a vida, dando lugar à amorosidade como fundamento”, reforçou Vivi.

A diretora do Senac Votuporanga e disseminadora da Cultura de Paz, Eliane Baltazar, finalizou o dia agradecendo a presença de todos e lançando o desafio para que sejam realizados outros encontros para a concretização dos planos coletivamente desenvolvidos, se colocando à disposição para essa finalidade. Vamos acompanhar!

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