Roberto Mícoli
(Campinas, 1953)


Iniciou a carreira com o desenho, mas, na década de 1980, assumiu a pintura como linguagem. Participou da efervescência política e da consolidação do meio artístico que começava a se institucionalizar no país, como com o movimento cultural Como Vai Você, Geração 80?, que reuniu 123 artistas em uma mostra coletiva no Rio de Janeiro. Suas primeiras experimentações começaram no papel milimetrado, baseadas em paisagens e feitas com lápis de cor – influência da corrente Nova Figuração, de Tomoshige Kusuno e Antonio Peticov.

Em sua produção, a cor é um ponto-chave. Sua trajetória é permeada por uma busca constante da composição cromática, tanto em pinturas de caráter heterogêneo, construídas com fragmentos de lonas coloridas, tecidos e telas recortadas, quanto nos objetos com penas de aves, couro e fios de ouro, que revelam até mesmo uma busca ancestral e artesanal.