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  Projeção da taxa de ocupação nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil 6ª edição – Novembro de 2014

Metodologia

As projeções apresentadas no Placar da Hotelaria 2015 foram elaboradas de acordo com o método apresentado a seguir, que pode ser resumido em seis etapas principais:


Etapa 1: Dimensionamento da Oferta Hoteleira – A quantidade de quartos é baseada no acervo interno da HotelInvest, na oferta atual de empreendimentos das redes associadas ao FOHB, no Guia Quatro Rodas Brasil 2013 e inclui hotéis independentes e de redes não associadas ao FOHB. Foram excluídos motéis, pensões, albergues, residenciais com serviço onde predominam contratos mensais e outros meios de hospedagem de porte muito reduzido ou padrão baixo. O tamanho da oferta é atualizado semestralmente, captando variações nos inventários dos hotéis e aberturas de novos empreendimentos.

Etapa 2: Segmentação da Oferta Hoteleira – Cada hotel é classificado de acordo com o segmento em que atua: econômico, midscale ou upscale. A classificação considera o posicionamento mercadológico, os preços, os serviços oferecidos e a qualidade das instalações de cada hotel.

Etapa 3: Projeção da Oferta Hoteleira – A oferta futura é composta pela oferta atual somada às unidades habitacionais a serem inauguradas até 2015. A estimativa de novos quartos partiu de informações do FOHB, da HotelInvest e de notícias veiculadas na imprensa. Notícias não confirmadas foram desconsideradas nas projeções. Também não foram considerados projetos em estágio preliminar de desenvolvimento (por exemplo, projetos sem contratos de operação, licenças de implantação ou recursos para construção) e com aberturas adiadas para depois de 2015.

Etapa 4: Dimensionamento da Demanda no Ano Base – O ano base das projeções é 2013. A demanda no ano base foi calculada para cada segmento de mercado, multiplicando oferta (em pernoites) pela taxa de ocupação obtida para cada mercado nos bancos de dados do FOHB e da HotelInvest. Assim, o método usado assume que a ocupação média do mercado é igual à da amostra, o que implica possíveis vieses. O tamanho e a composição de cada amostra foram examinados para se avaliar se a taxa de ocupação amostral poderia ser utilizada como média do mercado. Segmentos de mercado nos quais a amostra era demasiadamente pequena ou inexistente foram desconsiderados na análise.

Etapa 5: Projeção da Demanda
– A taxa de crescimento da demanda esperada para cada mercado partiu do crescimento previsto para o PIB nacional em cada ano (2014 e 2015) e de ajustes que refletem especificidades da economia de cada localidade. O ajuste de cada cidade levou em consideração: existência de grandes projetos estruturantes; composição, tamanho e evolução histórica do PIB local; importância da economia no contexto nacional e regional; tamanho e evolução histórica do mercado hoteleiro; importância relativa de cada segmento da demanda hoteleira no mercado local; existência de geradores de demanda, hubs de transporte aéreo e centros de eventos; atratividade e posicionamento mercadológico do destino turístico. Essas taxas foram aplicadas sobre a demanda no ano base, permitindo calcular a demanda potencial esperada para o ano de 2015. Também foi considerada a migração de demanda entre os segmentos de mercado de uma mesma cidade: quando um segmento apresentou saturação, entendeu-se que a demanda excedente seria absorvida pelo demais. Foi considerada, ainda, a possibilidade de existência de “topo sazonal”, valor que reflete a taxa de ocupação máxima que um mercado consegue atingir. Nos mercados onde as projeções indicavam taxas de ocupação maiores que o topo sazonal, este valor foi adotado como final. Nesses mercados, a demanda acomodada é menor que a demanda potencial.

Etapa 6: Cálculo da Taxa de Ocupação em 2015
– Para cada mercado e para cada segmento, dividiu-se a demanda acomodada prevista para 2015 pela oferta projetada em 2015, obtendo-se assim a taxa de ocupação prevista para aquele ano.

Observações e Limitações do Estudo

Os resultados deste estudo devem ser interpretados com cautela. Apesar dos esforços para garantir a confiabilidade dos dados, a metodologia utilizada apresenta limitações por utilizar dados amostrais, por tratar de mercados abrangentes e por realizar projeções para um horizonte longo. As informações apresentadas devem ser interpretadas exclusivamente como um parâmetro de orientação adicional para investidores e hoteleiros.

As premissas também podem se alterar rapidamente, modificando assim as perspectivas aqui descritas. Nos mercados em que há muitos projetos em estágio preliminar de desenvolvimento, esse risco é ainda mais elevado. Como as projeções de oferta contabilizam apenas hotéis em estágio avançado de desenvolvimento, é possível que a previsão de nova oferta tenda a crescer no futuro. Logo, pode haver alguma discrepância entre o número de quartos projetado atualmente e a soma dos quartos de projetos anunciados pela mídia, operadoras, hoteleiros independentes e desenvolvedores.